quarta-feira, 16 de maio de 2018

Veja primeiro trailer da cinebiografia da banda Queen - (Bohemian Rhapsody)

“Bohemian Rhapsody”, longa biográfico da icônica banda de rock Queen e de seu líder e vocalista Freddie Mercury, teve seu primeiro trailer divulgado. Assista:


“Bohemian Rhapsody” acompanha a ascensão meteórica da banda através de suas canções icônicas e sonoridade revolucionária; a quase implosão do grupo quando o estilo de vida de Mercury entra numa espiral fora de controle; e o retorno triunfante da banda na véspera do Live Aid, quando Mercury, enfrentando uma doença que ameaçava sua vida, liderou a banda em uma das maiores performances na história do rock.

O filme conta com Rami Malek (da série “Mr. Robot”) como o vocalista e pianista Freddie Mercury, Ben Hardy (“X-Men: Apocalipse”) como o baterista Roger Taylor, Joseph Mazzello (“G. I. Joe – Retaliação”) como o baixista John Deacon, Gwilym Lee (da série “Midsomer Murders”) como o guitarrista e vocalista Brian May.

O filme é dirigido por Dexter Fletcher (“Voando Alto”), que substituiu Bryan Singer (da série “The Gifted”) depois que o diretor foi desligado do projeto. O roteiro é escrito por Anthony McCarten, indicado ao Oscar por “A Teoria de Tudo”.

“Bohemian Rhapsody”, cujo título é o mesmo da canção de maior sucesso da banda, estreia no Brasil em 27 de dezembro de 2018

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Critica - Jogador N°1

Jogador N°1, é um daqueles livros que você logo imagina na telona, intencionalmente reminiscente de aventuras da década de 1980, como Os Caçadores da Arca Perdida (1981) ou Os Goonies (1985), com suas charadas e quebra-cabeças. Tanto que antes mesmo de a primeira edição chegar às livrarias, os direitos de adaptação já haviam sido adquiridos — e Cline, contratado para escrever o primeiro tratamento do roteiro.



A empreitada, no entanto, apresentava dois problemas evidentes — o primeiro, contornável, uma vez que a tecnologia atual em computação gráfica já possibilita criar um dos elementos principais da trama: o OASIS, plataforma de realidade virtual na qual grande parte da população embarca para fugir dos problemas do mundo real, no futuro distópico descrito pelo autor. O segundo problema, bem mais complexo: como adquirir os direitos de uso para as milhares de referências de filmes, séries, desenhos, jogos, músicas e outros elementos da cultura pop mencionados no romance?

O envolvimento de Steven Spielberg como diretor e produtor da versão cinematográfica fez toda a diferença. Além de ser sinônimo de aventura centrada em personagens e de dominar os efeitos visuais como ferramenta de narrativa, o peso de seu nome certamente ajudou a abrir portas em outros estúdios e companhias em termos de liberação de direitos. Ainda assim, muita coisa ficou de fora — algumas, por questões jurídicas, outras, por escolha própria. O cineasta preferiu, por exemplo, evitar referências a seus próprios longas (possivelmente para não passar a ideia de autocelebração) e também a Star Wars (segundo ele, devido ao fato de essa ser uma franquia presente e em andamento).

Nada que prejudique o filme. Mesmo com algumas ausências notáveis, há inúmeras aparições que farão os nerds terem uma síncope. Algumas são importantes para o desenrolar da história, como a do robô de Gigante de Ferro(1999); outras, são claramente fanservice, como a de Chucky, de Brinquedo Assassino (1988) — que, ainda assim, é responsável por um dos momentos mais divertidos do longa.

Fãs do livro talvez se queixem das diferenças com relação ao enredo. Em linhas gerais, ele permanece o mesmo: após sua morte, o excêntrico criador do OASIS, James Halliday (Mark Rylance), envia uma mensagem a todos os usuários, na qual lança um desafio — quem encontrar o Easter Egg, um item escondido no universo virtual, herdará sua fortuna e o controle de sua empresa. Isso dá início a uma grande caçada, da qual participam aqueles que buscam apenas riqueza e os que querem impedir que o OASIS caia nas mãos de Nolan Sorrento (Ben Mendelsohn), presidente da Innovative Online Industries (IOI), empresa que deseja monetizar a plataforma.

O perfil do protagonista Wade (Tye Sheridan) também se mantém, em grande parte. Órfão, morador de uma “pilha” (comunidade pobre em que as casas são velhos motorhomes empilhados), ele passa boa parte do dia logado, na pele de seu avatar, Parzival, ao lado de seu único amigo, o avatar Aech (Lena Waithe). No entanto, com os cortes feitos na adaptação, um importante traço de sua personalidade acabou sendo modificado. Enquanto no livro Wade é um ardoroso defensor do OASIS — que considera responsável por sua alfabetização e criação, graças aos programas educativos —, no filme, ele é, inicialmente, apenas um geek fascinado com tudo o que diz respeito a Halliday e à caça ao ovo. Mas essa mudança realizada pelo roteirista Zak Penn e por Cline, coautor também do script final, não é negativa, uma vez que fortalece o arco do personagem principal, bem como sua relação com a avatar Art3mis (Olivia Cooke) — é por intermédio dela que Wade começa a descobrir mais a respeito do caráter e das intenções de Sorrento.

Outra coisa que pode irritar os fãs é o fato de as missões para conquistar as três chaves que conduzem ao ovo terem sido alteradas radicalmente. Aqui, além da questão dos direitos — a não liberação pode ter impedido o uso das obras mencionadas no romance —, é preciso considerar dois pontos importantes. O primeiro, mercadológico, se refere à audiência ampla que um filme como esse se destina a atingir. Os jogos e filmes que integram as quests originais podem ser velhos conhecidos dos nerds e de quem foi criança nos anos 80, mas Spielberg e os roteiristas devem ter preferido — compreensivelmente — optar por elementos mais familiares ao grande público. E o segundo ponto, técnico, é igualmente justificável. Retratar um personagem jogando videogame ou reproduzindo todas as falas de um filme pode funcionar no livro, mas provavelmente não renderia sequências de grande apelo. Daí a escolha por versões dos desafios um pouco mais, digamos, cinematográficas.

Talvez a única diferença lamentável seja com relação aos coadjuvantes, que perderam muito de sua importância. O arco de Aech, por exemplo, incita discussões interessantes a respeito de identidade no romance, mas sua contraparte no filme acaba praticamente reduzida a alívio cômico. Já os avatares Daito (Win Morisaki) e Shoto (Philip Zhao), que vivem uma das passagens mais sombrias no livro, apenas estão lá na tela. Mais uma vez, são decisões que podem desagradar, mas têm sua razão de ser — neste caso, são cortes em nome do ritmo e da concisão.

Ao final de duas horas, Spielberg entrega um longa divertido e empolgante, como há muito não fazia. Pode não ser revolucionário ou arrebatador como as películas que dirigiu em sua fase áurea, mas certamente consegue retomar o clima leve e despretensioso de outras obras importantes das décadas de 80 e 90, celebrando-as com justiça as inúmeras referências.
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vamos la, 81 referencias:
1.    DE VOLTA PARA O FUTURO O carro DeLorean do protagonista é o mesmo do filme De Volta para o Futuro. E mais: perceba que o Zemeckis Cube (homenagem a Robert Zemeckis, diretor do filme dos anos 1980) permite viagens no tempo.

2.    BATMÓVEL DA ERA ADAM WEST Não é um Batmóvel comum, é o carro clássico do seriado com Adam West, dos anos 1960.

3.    RYU No início da corrida pela cidade, lá está ele, o mestre de Street Fighter , no meio dos carros. E tem até um Hadouken durante um dos embates.

4.    MACH 5 Ainda na corrida, lá está o carro clássico do Speed Racer.

5.    AKIRA A supermoto de Shotaro Kaneda do anime Akira .

6.    THUNDERCATS Você percebeu a fivela do cinto do protagonista?

7.    STAR WARS Além de avatares de Stormtroopers, vemos um R2-D2 no chão. E um dos personagens chama Wade de “padawan”.

8.    STARCRAFT O avatar de Jim Raynor, o herói Terran do jogo, inspira uma armadura  do filme.

9.    HELLO KITY O que aquelas gatinhas estão fazendo ali correndo  atrás do protagonista?

10.  ESQUADRÃO CLASSE A Lembra da van clássica do seriado oitentista? Está na corrida também.

11.  CHARADA & HARLEY QUINN Juntinhos como sempre, direto do Oasis, na hora que a briga fica feia.

12.  BLANKA Lá está ele, um dos favoritos de Street Fighter, dançando no baile principal.

13.  GIGANTE DE FERRO Este é um dos personagens favoritos de Ernest Cline, autor do livro, então é óbvio que ele se faz presente na trama.

14.  KING KONG Não é nem mais uma referência, é homenagem mesmo: até a cena clássica do alto do prédio se faz presente.

15.  CIDADÃO KANE Você percebeu quantas vezes a palavra “Rosebud” foi mencionada no filme? É uma referência ao clássico de Orson Welles de 1941, considerado por muitos como o melhor filme de todos os tempos.

16.  CHUN-LI Na hora que a pancadaria fica feia, a “mocinha” de Street Fighterestá lá no meio, junto com...

17.  TRACER A musa de Overwatch luta ao lado de Chun-Li.



18.  THRILLER Como o “hino” de Michael Jackson poderia ficar de fora? Wade até se veste como ele.

19.  DURAN DURAN Cabelinho arrepiado, ombreiras... Wade virou um membro da banda new wave dos anos 1980.

20.  THE ADVENTURES OF BUCKAROO BANZAI Wade se veste como o personagem do filme de 1984 por um bom tempo.

21.  LARA CROFT Esta homenagem está mais escondidinha nas cenas ambientadas no Oasis, mas basta um olhar atento para ver os shorts curtos e a botinha da musa.

22.  CHUCKY Não chega a ser easter-egg, ele ataca mesmo com todas as letras e com sua fúria habitual do Boneco da Morte.

23.  ATARI 2600 O clássico dos clássicos do mundo dos videogames é a chave final para desvendar o mistério do Oasis.

24.  CENTIPEDE Game clássico do Atari 2600 citado pelos capangas de Sorrento.

25.  PITFALL Game clássico do Atari 2600 citado pelos capangas de Sorrento.

26.  SWORDQUEST Game clássico do Atari 2600 citado pelos capangas de Sorrento.

27.  ADVENTURE Game clássico do Atari 2600 citado pelos capangas de Sorrento. O filme fecha com a ação final do jogo.

28.  BATTLETOADS Clássico da primeira geração de videogames aparece em toda sua glória, no campo de batalha.

29.  GUNDAM É ele, o RX-78-2, pilotado por Amuro Ray, da série original Mobile Suit Gundam , anime de 1979.

30.  PRINCE OF PERSIA Lembra dos soldados-caveira com capacete de chifre do game de 1989? Estão todos lá, na hora da batalha.

31.  GUERRA DOS MUNDOS Uma nave marciana é o local de um dos encontros virtuais.

32.  DEADPOOL Ele passa de relance na cena da batalha final, mas a silhueta é inconfundível.

33.  MORTAL KOMBAT Goro é um avatar e o dragão-ícone da série é buttom de jaqueta de um dos personagens.

34.  HALO Soldados com avatares do Master Chief. Inconfundível!

35.  SONIC Avatar de um dos personagens de cena.

36.  MASS EFFECT O avatar do personagem Shepard está na casa noturna, durante a festa.

37.  DEATHSTROKE O vilão da DC é um dos avatares na batalha.

38.  ROBOCOP Ele estava lá em cena também.

39.  DUKE NUKEM Também estava na guerra.

40.  SINBAD Avatar do Cyclops estava na Battle Royale.

41.  MINECRAFT A abertura do Oasis já tem a marca do game.

42.  FREDDY KRUEGER O vilão clássico dos anos 1980, do filme A Hora do Pesadelo, é um dos avatares do Oasis.

43.  SEXTA-FEIRA 13 Jason está ali, pertinho do Freddy Krueger.

44.  STAR TREK O funeral de James Halliday é temático de Jornada nas Estrelas. Durante a batalha, também podem ser vistas armas Klingon.

45.  GODZILLA Como esse ícone nipônico poderia faltar à festa?

46.  MARIO KART É mencionado durante a corrida de carros.

47.  JOUST Pôster do jogo é visto no quarto de Halliday. No livro, o jogo tem uma participação maior do que no filme: é uma das charadas.

48.  BORDERLANDS Apetrechos virtuais referentes ao jogo estão no marketplace do Oasis.

49.  TRON A indefectível moto de neon está na corrida, com a protagonista.

50.  JURASSIC PARK O T. Rex não poderia faltar à festa e vira obstáculo da corrida.

51.  LAST ACTION HERO Pôster do filme clássico de Arnold Schwarzenegger aparece em uma das paredes de rua.

52.  BATTLESTAR GALACTICA A nave versão 1970 de Galactica é um dos “toys” virtuais.

53.  ALIEN O bichinho marca presença com Artemis, a crush do protagonista. Também percebemos a espaçonave Sulaco como um “toy” virtual.

54.  DUNA O filme de 1984 é referência direta quando o planeta Arrakis é citado como destino dos personagens.

55.  GOLDENEYE Jogo de 1997, do Nintendo 64, é citado como favorito de Halliday.

56.  SUPERMAN O avatar o protagonista Wade brinca com Clark Kent.

57.  HOMEM-ARANHA Também citado como referência de avatares.

58.  HULK Idem.

59.  LOONEY TUNES Quando mostra Halliday criança, ele tem um boneco Marvin Marciano.

60.  SPACE INVADERS Camisa favorita de Halliday: ele está sempre usando.

61.  ASTEROIDS O jogo é mencionado por Ogden Morrow, sócio de Halliday.

62.  SUPER-MÁQUINA O seriado dos anos 1980 é homenageado com a presença do carro clássico KITT.

63.  BEETLEJUICE Um dos avatares da batalha é uma referência ao filme clássico de Tim Burton, Os Fantasmas se Divertem , de 1988.

64.  PURPLE RAIN Wade se veste como Prince da fase Purple Rain, de 1984.

65.  CHRISTINE Carro do clássico do livro de Stephen King (que também virou filme) é visto na corrida virtual.

65. Cinto do Thundercats e carro do filme De Volta para o Futuro

66.  MAD MAX Menção direta ao filme de 1979.

67.  GREMLINS Também menção direta ao filme clássico de 1984.

68.  OS EMBALOS DE SÁBADO À NOITE Uma das cenas mais engraçadas do filme: a dancinha dos protagonistas, com Bee Gees e tudo.

69.  CLUBE DOS CINCO O filme de 1985 não apenas é mencionado por Nolan Sorrento, mas tem o personagem Bender (feito no cinema por Judd Nelson) em uma das cenas.

70.  CURTINDO A VIDA ADOIDADO O filme de 1986 é citado nominalmente por Sorrento.

71.  PICARDIAS ESTUDANTIS Filme de 1981 é citado por Wade.

72.  CLUBE DOS CAFAJESTES Filme de John Landis é citado por Wade.

73.  MONTY PYTHON E O CÁLICE SAGRADO Wade usa uma granada Holy Hand durante uma das batalhas.

74.  DUNGEONS & DRAGONS O game megaclássico ganhou um espaço virtual com seu nome e também o arcade aparece de relance no cenário.

75.  O ILUMINADO Outra das melhores sequências do filme, reproduz a obra do escritor Stephen King que também foi sucesso no cinema.

76.  TARTARUGAS NINJAS Durante a batalha, as versões mais recentes das Tartarugas são vistas em ação.

77.  CAÇADORES DA ARCA PERDIDA Pôster no quarto de Halliday criança.

78.  O PLANETA PROIBIDO Brinquedo no quarto de Halliday criança.

79.  PAC-MAN - Pôster no quarto de Halliday criança.

80. RUSH - Pôster no quarto de Halliday e camiseta de um personagem. No livro, a música da banda (especialmente Temples Of Syrinx ) tem uma importância crucial para desvendar as charadas.

81. ESTRELA DO FILME KRULL - usada para cortar o braço do vilão da caveira na barriga!

terça-feira, 6 de março de 2018

Crítica - Viva a vida e uma festa


Viva – A Vida é um Festa (Coco), da Disney\Pixar, o primeiro filme da Disney totalmente no México e dedicado à cultura mexicana. Desde o início, o filme apresenta diversos elementos do país e seu povo como os mariachis, as telenovelas e a devoção ao Día de los Muertos, o que lembra a animação Festa no Céu (2014), da Fox.
Diferente de seu antecessor, porém, Viva – A Vida é uma festa é apresentado através dos olhos do menino Miguel de forma perspicaz e inocente. Apesar do proibição musical, ele mantém sua paixão em um esconderijo onde toca sua viola quebrada e assiste às apresentações do seu grande ídolo já falecido Ernesto de la Cruz (Benjamin Bratt).


Quando Abuelita (Renee Victor) o descobre com um violão nas mãos, as coisas não acabam muito bem. A explicação para o banimento de qualquer assovio musical na família é dada no início do longa pelo próprio Miguel, em forma de lamento pelo seu destino ter sido prescrito por um infortúnio do passado, mas, mesmo assim, ele mantém um fascínio arrebatador por tocar e cantar.


Na celebração do Día de los muertos, na qual acredita-se que as almas voltam para visitar seus entes queridos e, portanto, milhares de pessoas constroem altares para preservar suas memórias e colocam comida de oferenda, ocorre a suprema mágica do filme. Ao tocar o violão do seu falecido ídolo De la Cruz, Miguel é transportado para uma dimensão vibrante e colorida, conhecida como Land of the Dead (Terra dos Mortos), habitada somente por aqueles que ainda são lembrados no mundo dos vivos.

Neste momento, a beleza visual do filme se torna deslumbrante, mas é o carisma do protagonista e os personagem ao redor que sobressaem com diálogos ágeis e ações divertidas. Lá, ele tem a missão de encontrar o seu ídolo, a maior estrela de todos os tempos – mesmo no mundo dos mortos -, e pedir sua benção para voltar para casa, enquanto foge dos seus finados parentes que querem fazê-lo prometer nunca cantar em vida.

Como em qualquer agradável jornada, Miguel aprende, se diverte e vive o seu sonho de menino, com o auxílio do interesseiro, intrigante e divertido Héctor (Gael García Bernal). As reviravoltas são contagiantes, bem engendradas e dignas das telenovelas.

Além disso, a animação está cheia de baladas que misturam inglês e espanhol, como The World is Mi Familia e Proud Corazón, além da canção principal Remember Me\Recuérdame. Boas músicas, contudo, longe de se comparar com as gostosas e alegres How Far I’ll Go, de Moana (2016), e Let It Go, de Frozen (2013).

Dirigido e escrito por Lee Unkrich, dos adoráveis Toy Story 3 (2010) e Procurando Nemo (2003), Viva – A Vida é uma Festa é uma homenagem belíssima à cultura mexicana e a força dos laços familiares. Assim como Moana e Elza, fala sobre ser corajosas e confiar em si mesmas, Miguel mostra como é importante ser persistente e batalhar para alcançar suas expectativas.

Com participação especial até de Frida Kahlo (Natalia Cordova-Buckley), a obra de Unkrichmostra que não basta ter bons personagens para fazer um filme ser bem sucedido, vide Liga da Justiça (2017). Aqui, o roteiro se destaca e mistura melodrama, desfaçatez e verdades reveladas, típicas das tramas mexicanas, em sua cativante narrativa, que faz os olhos brilharem na escuridão do cinema.